sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

PASSEIO PELA ABOBOREIRA


FOTOGRAFIA 60. Localidade de Telões, serra da aboboreira. [24-10-2010]

FOTOGRAFIA 61. Espigueiro. [24-10-2010]
     A serra da Aboboreira é uma das ínumeras elevações que circundam Amarante e que constitui uma barreira difícil de transpor. Assim, como em qualquer desafio os atletas enfrentaram o Adamastor de frente, começando logo a subir pela EN-101 em direcção à cidade da Régua. Contudo, meia dúzia de quilómetros antes do Alto de Quintela - ponto a partir do qual se desce em direcção ao Douro - viramos à direita no no sentido da localidade de Telões (FOTOGRAFIA 60). Uma aldeia típica, com as suas casas em granito, campos verdejantes,  caminhos empedrados e espigueiros com telhados de lousa (FOTOGRAFIA 61), já mesmo no meio da serra. Pela aldeia de Telões dentro entramos em estradões de terra batida que nos fazem embrenhar ainda mais no nevoeiro que cobria neste dia a serra.
     Com Telões por trás de nós a orientação na serra tornou-se difícil. O nevoeiro era cada vez mais cerrado, os caminhos entrecruzavam-se e o orvalho começava a fazer-se sentir nos ossos. Os objetivos deste passeio: conhecer a serra, atingir o vértice geodésico conhecido por Meninas (FOTOGRAFIA 59 e 65) e encontrar algumas antas (FOTOGRAFIAS 62-64).

FOTOGRAFIA 62. A primeira das antas encontradas. [24-10-2010]

FOTOGRAFIA 63. Acesso à primeira anta. [24-10-2010]
     De facto o planalto da serra da Aboboreira é local de uma enorme necrópole megalítica, das maiores que se conhecem em Portugal. São mais de quarenta túmulos (onde se incluem mamoas, antas e dólmenes), identificados, intervencionados e estudados desde 1978. Este, que é um dos mais interessantes arqueosítios portugueses e peninsulares, possui uma invejável colecção de monumentos megalíticos funerários de diferentes épocas, desde o Neolítico (cerca de 4500 a.C.) até à Idade do Bronze (por volta de 1900 a.C.) [REF 9]. Um sentimento de humildade apodera-se de quem se atreve a entrar num espaço tão exíguo. Estas estruturas milenares fazem-nos sentir pequenos...
     Assim, após alguns momentos de comtemplação da primeira de duas antas com que nos cruzamos, era altura de "meter pés ao caminho" que o nevoeiro adensava e o orvalho não desarmava.

FOTOGRAFIA 64. Segunda anta. [24-10-2010]
     Tomamos a direcção do vértice geodésico, que quase não encontramos tal era o nevoeiro (FOTOGRAFIA 65), e daí serra a baixo, passando por uma segunda anta, rumo a casa.

FOTOGRAFIA 65. Vértice geodésico Meninas "escondido" pela bruma. [24-10-2010]

Cumprimentos,
Equipa Mem Gundar BTT

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[REF 9] http://www.superinteressante.pt/index.php?option=com_content&view=article&id=333:a-serra-dos-mortos&catid=9:artigos&Itemid=83

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